quinta-feira, 17 de maio de 2012

Resenha: Herdeiro da Escuridão

Herdeiro da Escuridão é um suspense do escritor Paul Cleave e narra a história de Edward Hunter, filho de um serial-killer que matava prostitutas na pequena cidade de Chirstchurch. Edward tem uma vida tranquila e planos com sua mulher Jodie e sua pequena filha, Sam, de 9 anos, até que um assalto a banco acaba ceifando de modo trágico a vida de Jodie. O mundo de Edward começa a virar de cabeça para baixo com esse acontecimento e ele começa a ouvir vozes em sua mente, da qual ele denomina de "monstro". O monstro incentiva Ed a planejar uma vingança em nome de sua mulher e ele começa a se perguntar se tem mais do pai nele do que ele realmente gostaria.

A trama começa um pouco sufocada e um pouco confusa, mas com seu valor. Paul Cleave com sua descrição simples e objetiva nos causa emoções e empatia perante o protagonista Ed. Ao decorrer dos acontecimentos a trama começa a ganhar um ritmo mais acelerado e você fica ansioso para saber qual será o próximo passo do protagonista. A narração de Paul Cleave deixa o leitor com expressões de nojo e escarnio em determinados momentos, ao descrever as cenas de mortes e torturas. Mais perto do fim, Herdeiro da Escuridão é mais um daqueles livros que nada é o que parece e acaba trazendo um sorriso de "não acredito" no leitor.

Enfim, Herdeiros da Escuridão é um bom livro, que trata de investigação policial a segundo plano, e o nascimento de um assassino em busca de vingança como tema principal. 
Vale a pena conferir.

Trecho do livro Herdeiros da Escuridão:
"O corpo dele ainda se sacode, mais forte agora, espasmos percorrem seu corpo grande de cima para baixo, o sangue escorre sobre o nariz, sobre o rosto e sobre o queixo dele. A ponta da língua se desprende, o lado ensanguentado gruda um pouco na parede e desliza sobre ela, como um picles na vitrine de um McDonald's. Ele cai no chão. A frente das calças dele escurece. Sinto cheiro de merda. Sinto cheiro de churrasco. Os olhos dele estão esbugalhados. Não há fumaça em lugar nenhum."

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